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Ponto, linha e plano, a estratégia da transformação dentro do varejo brasileiro

Ponto, linha e plano, a estratégia da transformação dentro do varejo brasileiro
Sandro Ribeiro dos Santos
dez. 19 - 5 min de leitura
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Que muitos negócios estão sendo transformados ao longo do tempo isso já não é novidade para ninguém, porém, a velocidade com que vem ocorrendo nos últimos anos, mudou radicalmente o jogo.

Por exemplo a Magazine Luiza empresa líder hoje do segmento de varejo. Frente a B2W e Via Varejo, podemos realizar uma analise histórica dos pontos que embasaram a transformação do seu negócio e a velocidade com que isso aconteceu.

Fundada em 1957, pelo sonho do casal Luiza e Pelegrino Donato, na cidade de Franca SP. Tendo sua primeira grande loja na linha de ramos de bens duráveis em 1974, com mais de 5000 m2. Com um modelo de lojas físicas o Magazine Luiza demorou 43 anos para atingir o seu primeiro bilhão de reais.

Em 2000 inicia sua primeira loja virtual aventurando-se no mundo digital, mercado onde outros players já estavam conquistando espaço como Submarino, Americanas.com entre outros. 

Tendo uma estratégia de expansão física com novas lojas e também novas frentes de negócios o Magazine Luiza segue firme no desenvolvimento do seu negócio, porém tendo desafios operacionais e de integração do seu negócios.

Em 2016 Frederico Trajano assume o comando da companhia, trazendo uma experiência interna de ter passado pela área operacional da companhia, mas guiada por uma busca de referências externas ao que estava acontecendo em outros países.

Com essa experiência, a Magazine Luiza passa a ter uma visão sobre o cliente única, independente do meio onde ele esteja, seja on-line ou off-line, trazendo para si o desafio de atender ele, diferente das outras empresa na época que segmentam o atendimento das lojas físicas e digitais com seus estoques, etc.

Tendo essa visão o Magazine Luiza entende a importância da integração em suas operações, do uso da tecnologia e da mudança em seu modelo, o que busca também referências externas em outros mercados e se depara com o fenômeno na China chamado Alibaba e a estratégia por trás.

Guiada por Ming Zeng, estrategista chefe ele define que na era digital e interconectada as empresas vivem três papeis, sendo ponto, linha e plano.

Empresas Ponto, são empresas que possuem habilidades super especializadas, que entregam sua expertise de forma excepcional, mas que geralmente não conseguem sobreviver por conta própria.

Já empresas Linha, são empresas tradicionais que coordenam diversas funções para criar um produto ou serviço.

E empresa Plano, são plataformas que facilitam a operação de um ecossistema, onde empresas do tipo "ponto" e "linha" se conectam para formar uma grande rede interligada.

Em 2019, é publicado no site de relação de investidores do Magazine Luiza o seguinte comunicado, sobre a estratégia da empresa:

"Durante 18 anos, nós, do Magalu, montamos um bem-sucedido modelo estratégico de linha. Nos tornamos uma empresa multicanal e lucrativa no ramo de bens duráveis. Mas, em 2018, decidimos que nosso formato nesse novo mundo seria o de plano. Passaríamos a ser um ecossistema, com foco em varejo." 

Com isso a empresa passa a criar um grande ecossistema, formado por diversas empresas que vai desde de serviços financeiros, publicidade, logística e entre outros serviços que geram valor e melhoram a experiência para consumidores e vendedores.

Ancorado por uma forte base de inovação tecnológica e guiada por dados que transacionam no ecossistema, o Magazine Luiza vem tendo excelentes resultados como em 2019 que teve o aumento de 51% da suas vendas, 93% de crescimento no e-commerce representando 48% das vendas totais da empresa.

Com a transformação do negócio ao longo do tempo e a visão estratégica, a empresa se distanciou consideravelmente de seus antigos concorrentes como a B2W e a Via Varejo, passando a jogar outros jogos.

Hoje, a Magazine Luiza faz frente a outros grandes players que operam com uma visão ampliada do mercado, como por exemplo a gigante Amazon ou mesmo o Mercado livre, concorrente mais forte aqui no Brasil. Porém tendo a vantagem ainda de ter uma grande presença física com suas lojas, diferente das duas outras com presença somente on-line.

Essa visão e mudança de negócio ao longo do tempo fez com que uma empresa saísse de um modelo simples de varejo físico/digital para uma grande potência de negocio com várias outras frentes que continuam tendo o cliente como o centro do negócio.

Com isso, além de acompanhar essa mudança a grande lição que fica dessa transformação frente a outras empresas é o foco no cliente. Por mais que o modelo possa ser transformado a razão de tudo isso acontecer é a preocupação com o atendimento e a experiência do cliente, sem isso toda a estratégia em algum momento não teria sucesso algum.

 

 

 


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